Ano velho vida novo ano



É, 2015 vai deixar histórias pra contar.

Começou cabreiro, trazendo algumas decepções do finalzinho de 2014.

Revolução.

Perdi o chão ao perder um emprego. Mas meti o pé na porta e entrei nesse ano que agora é velho.

De mão dadas no início. Um tempo depois, mãos atadas, lágrimas e grito pra botar pra fora o que guardei por muito tempo. E lá se vai meu chão de novo.

E foi exatamente aí que ganhei asas. Um passo à frente, um avião e um novo horizonte se abriu.

Em terras já desbravadas, desembarquei de peito aberto, alma lavada e marcas do que passou. Ao deixar o Brasil rumo a NYC, deixei aqui também minhas angústias. E levei na bagagem só coragem. E vontade de seguir em frente. Sem sair de lá, fui pra tão longe que daqui ainda posso enxergar. Falei outras línguas, conheci outros povos, escutei outros idiomas, abri meus olhos para um mundo do qual eu não quero mais sair. Num mergulho sem voltar praquela superfície, um mar com a no início, infinito.

E esse foi só um dos capítulos do meu ano. A nova página que me esperava aqui enquanto eu ainda estava lá começou a ser escrita quando, com as chaves em mãos, eu finalmente abri uma outra nova porta. Só que literal. E que hoje posso chamar de casa. Lar.

Dentre novos passos, novas oportunidades, novas pessoas, outros lugares, muito de mim. Viro a dura e doce página de 2015 para entrar em 2016 de verdade, e sem medo de dizer que esse será o meu ano. 

Lista? Melhor não fazer. Planos? Sim, mas sem prazo. Porque quando a gente se abre de verdade, espera que o melhor aconteça. E uma das lições que esse ano que termina deixou pra mim é: sonhe, deseje, mas esteja pronta pra tudo virar de ponta-cabeça e ser muito melhor do que você nunca podia imaginar.

Vai 2015, mas deixa aqui aquela esperança que perdi durante um tempo em que você esteve comigo. Vem 2016, e traz consigo fôlego, sopro e respiro. Vem com tudo o que tiver que vir. Meus braços estão abertos e, ao virar dos ponteiros que marcam a hora derradeira, estarei pronta pra te receber.

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