Feche os olhos e abra suas janelas



Hoje eu decidi não abrir as janelas. De fora.

Quero abrir os olhos pra olhar pra dentro. De mim e de você.

A gente se perdeu entre as tantas voltas que a vida deu e paramos justamente aqui.

Eu do meu lado de fora. Você em cima do muro.

E o que eu posso pedir é: desce logo daí, se joga nesse precipício que mora em ti.

Larga mão dessa falta de coragem. Fecha os olhos. E segue seu caminho.

Enquanto isso, eu cansei de esperar.

De esperar você se decidir se vai ou se volta.

Desde que você escolheu não ficar.

Agora, eu me empodero pra decidir que é preciso abrir os olhos.

Quero enxergar dentro, profundo. Mergulhar em mim até perder o fôlego.

Pra descobrir que viver do passado virou passado. Que o que era pra ser, se foi.

E acabou.

As mensagens sem respostas, as respostas sem sentido, o sentido que não diz mais nada.

Me feriu, a dor parecia infinita, as lágrimas secaram e eu escolho abrir a janela.

E te deixar ir pra que eu me encontre.

Aqui dentro, você é lembrança. Do lado de fora, é fumaça.

Eu me permito ser vulnerável porque é assim que a vida se apresenta.

De você, fica só o aprendizado.

E eu fico inteira.

Uma porta se fecha. A janela se abre. A vista é incrível.

O sol brilha lá fora. E reflete bem aqui dentro.

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